domingo, 8 de agosto de 2010

SER OU NÃO SER GAUCHE- Carlos Nogueira




Quando da porta entreaberta
brota um filete de sol
Lembro daqueles que permanecem
na escuridão

Cinqüenta e cinco passos
me separam
Após o muro,
pedra, musgo, solidão

A memória do mar
permanece na pele
Tatuagem de sonhos,
sagrados, segredo?
Talvez te revele

O vento caliente
parceiro presente
transmutado tempo
energia e orixá

Nas mãos do afeto
equilibra-se a Mãe Terra
O sol já se fez pleno
Malandramente
como um anjo barroco

Viver vale sempre a pena
dito assim
como se novidade fosse
Na poesia e na vida
Ser ou não ser gauche?

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